Antimonotonia

Prece da Saudade

Ê minha flor,

Ê vida tirana, ê vida cigana,

Ê sofrimento sem fim,

Desse que o cabra fica noite toda

Virando bicho,

Sem conseguir pregar os "farol",

Com medo que o escuro, 

leve mais uma vez    

Seu amor pra longe.

Mas com fé nesse meu Deus,

Com fé nessa vida, que mesmo doída,

Mesmo sofrida,

Ainda é bonita, ainda é menina,

Ainda formosa que nem tu,

Com os meus "joelho" no chão,

Eu ainda peço, ainda rogo:

- "Ô meu padin, leva ela mais não,

Deixa ela bem aqui,

Aqui no meu peito, aqui nos meu "braço",

Eu prometo

Eu hei de cuidar dela, hei de dar amor,

Dar carinho, dar sossego,

Dar a minha vida,

Pra ela sempre sorrir e mostrar esses "dente" bonito que só ela tem"...

Ô meu amor, cê acordou foi?

Pois venha cá, se achegue mais,

Agarre seu nêgo,

Que ele tá com uma saudade da moléstia. - Gabriel Oliveira