sábado, 30 de novembro de 2013


Como foi que te encontrei? Tão meiga, tão pura, tão você. Eu que na única centelha de desesperanas já achava que não tinha jeito para felicidade.

Como foi que te encontrei? Tão na hora mais errada da minha vida sofrida, corrompida, ferida. E quando te encontrei voltou minha alegria.

Como foi que te encontrei? Tão absurdamente linda. Logo agora em que não podia te achar. No meu momento mais frágil, mais ilógico para amar.

E agora o que é que faço? Você abriu a porta e me viu, mais um para suportar. Como seria bom em outro tempo, como seria bom em outro lugar.

Mas foi assim que te encontrei: Suave, doce, com jeito de menina pronta para amar. E eu sem jeito ou tino me entreguei, carente, nem fiz força para me safar.

E agora o que é que faço? Pois não quero mais deixar de te encontrar. E agora o que é que faço? Continuo um tolo ávido a te ver para sempre, ou te deixo antes que venha a te magoar?

Perdoa-me meu amor por um momento, por colocar paixão onde não cabia. Mas é assim que acontece com os tolos, acabam apaixonados por aquelas que nunca os amaria.

Mas um dia te encontrei. Só não sabia que neste dia Também eu me perderia. 
                                                                                              - Letícia Passos

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